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Diário da Tuor Européia #5

17-07-2009 23:53

11 de julho, sábado.


Na virada de sexta pra sábado, toquei com no Musicbox com a turma do Batida e a CNJ entrou com tudo no fim do set tocando "Cowboy", "Ah! Eu tô sem erva!" e "Funk da Paz" para a casa completamente lotada!

Vinte minutos depois já estávamos entrando na van pra nossa mega viagem de 12 hs até a Espanha, Santa Pola. Muitos vídeos loucos, paisagens com oliveiras, caminhos errados, caminhos certos, estradas calientes, Buraka Som Systema no som, nada de sono, ar-condicionado, calor, água, batata frita, Lei di Dai rezando para Jah e …chegamos!!!!!!

Silvio Esmeraldino nos apanha com sua Harley para guiar até o hotel, passagem de som, Mc Donalds e show. Rolou uma energia violenta em cima do palco! Foi um dos melhores shows da nossa vida. Lei di Dai cantou "Faze a Cabeça" com a gente e o heavy metal pegou em cima
do batidão.


É nóis na Espanha!


por Fredi Chernobyl Endres.

 

12 de julho, domingo.

Eu e Carol acordamos as 5 da tarde. Tentamos regular o sono que , na verdade, está completamente transtornado. O resto da banda foi conhecer a praia, as tendas com massagens, o semi-nudismo e a água do mar quente do Mediterrâneo. Dez da noite - a hora que anoitece aqui em Santa Pola, mais especificamente no município de Elche, onde fica o hotel – fomos para nosso boteco predileto que nos servia peixe com batatas e legumes por 3 euros e torta de beringela com alcachofra por 75 centavos.

Ali ficamos até a meia noite…



13 de julho, segunda.


00hs, aniversário do Nando!!!!

A gritaria foi grande e a cantoria de 'parabéns a você' acordou os espanhóis que reclamaram do prédio em cima bar. Lei di Dai também estava de aniver no mesmo dia! Tivemos uma comemoraçao dupla no Dia Mundial do Rock, que acabou virando do ragga também.

Durante o dia 13 rolou praia e planos para pegar a estrada novamente na terça 14, onde nos apresentaremos em Algarve (Albufeira), em Portugal.



por Fredi Chernobyl Endres.

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Diário da Tuor Européia #4

11-07-2009 19:36


06 de julho, segunda.

Mano Changes e Tábata saem para um city tour de ônibus com Rafa Hauck (nosso European sound designer), Nando e Calcanhotto vão se hospedar na casa do nosso grande amigo portugues Pedro, em um praia que possui uma área para naturistas (nudismo) mais ao norte. Segundo Eron, nosso representante aqui, a casa fica ao sul. Eu e Carol aproveitamos esses 3 dias de day-off para conhecer Madrid, que é incrível.


07 de julho, terça.

O hotel que estou em Madrid oferece tapas (chorinhos) de champagne o dia inteiro na recepção. No café da manhã também nos deparamos com garrafas de champagne, suco de tomate e mini-panquecas. Madrid rules! Madrid é uma das melhores cidades que conheci na vida, o povo é muito acolhedor e a city tem a mescla que mais gosto entre o moderno e o histórico.

Dia inteiro rodando a pé, por tudo, e eu aproveitando pra baixar as calorias extras, adquiridas na abundância do delicioso bacalhau com azeite de Portugal.

O Palacio Real é de se arrepiar. Nenhum episódio de Indiana Jones mostrou tanta riqueza quanta a que vi no Salon del Trono. Caramba…imagina quanto ouro essa turma ancestral colonizadora não trouxe da América do Sul e Central na Idade Média, enquanto matava índios nativos e ignorava todo conhecimento evoluído de Incas, Maias, Astecas e o escambau…
day off is day off…só alegrias…se é lets go que seja now…
;)


por Fredi Chernobyl Endres.

 

08 de julho, quarta.


DAY OFF em Madrid: Exposição de Annie Lebovitz, museu Reina Sofia (Picasso!!!) e janta no Rustika Café (falafel com cus cus). É mole?


09 de julho, quinta.


DAY OFF em Lisboa: Eu e Carol assistimos os shows de Klaxons, Tv On the Radio, Crytal Castles, Delphic, Air Traffic, Metallica e Lamb of God (Festival Optimus Alive). A gente sempre aprende muuuuuuito vendo as grandes bandas mundiais do momento, e as eternas também.

Impressionante. Não é à toa que certos grupos se dao bem. Não tenho nada a criticar, só elogios que aqui não caberiam.


10 de julho, sexta.

Hoje eu vou tocar com o projeto Batida no Musicbox, um lugar foda aqui de Lisboa. Tá ficando cada vez mais difícil de acessar a internet daqui.

Amanhã pegaremos a estrada para Santa Pola (Espanha), onde tocaremos a noite depois de umas 15hs de viagem. Prometo contar tudo assim que possível, e mandar fotos de performances, shows, discotecagens, estradas, etc...


por Fredi Chernobyl Endres.

 

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Diário da Tuor Européia #3

07-07-2009 13:57


05 de julho, domingo.


Domingo é um saco em qualquer lugar do mundo. Mas aqui não foi. Acordamos em alto astral sabendo que o show tinha sido extremamente positivo. Mandei meias e cuecas para lavar. Como a lavanderia era no shopping, eu e Carol aproveitamos e almoçamos lá com nossas amigas brasileiras, Duda e Thaís. Desta vez, caímos na brasilidade, pois até o delicioso bacalhau, quando é demais, cansa. Comemos picanha, arroz, feijão e batata frita.

É esse tipo de coisa que faz com que a gente se sinta em casa em Portugal. Nosso Brasil é todo moldado com base no país que nos descobriu (o formato de balcão de padaria, azulejos na cozinha, ruas, construções…).

Mano Changes segue entocado no quarto lendo tudo sobre a cidade, em um guia que comprou, e não indo a lugar algum. hahaha! E o Calcanhotto segue procurando um bar que toque salsa.

A noite fomos ver o projeto Batida no Festival Mestiços. Os caras fazem um som dance mwangolé (kuduro eletrônico). É uma parada como se fosse o baile funk da Angola. É pesado, pancadão, mas o ritmo é rápido e os Mcs rimam muuuuuuuito bem. E para entender como eles dançam isso basta botar um vídeo de breakdance americano 16x mais rápido.

Grande presença, grande integração, que irá acontecer de novo na sexta em Lisboa, no Musicbox.

por Fredi Chernobyl Endres.

Festival Mestiço - Porto.

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Diário da Tuor Européia #2

06-07-2009 21:55

04 de julho, sábado.

Dia de tocar em um dos festivais mais legais da Europa, o Festival Mestiço, na renomada Casa da Música, uma das construções mais incríveis que já vi em toda minha vida. Logo depois do almoço, passamos o som com o técnico do evento, pois atrasou o voo do Rafa Hauck, nosso ex-técnico de monitor no Brasil que hoje mora em Londres e que está nos acompanhando nesta tour na Europa.

Primeiro mundo é impressionante mesmo…só pessoas qualificadas e equipamentos de última geração…a energia do palco já estava arrepiante enquanto checávamos o som com Funk da Paz (rebola o resbolah).

Lá pelas 21h30min, quando o sol se põe aqui, fomos jantar no restaurante do sétimo andar da Casa da Música e comemos um peixe sensacional, com pimenta piri-piri e vinho branco.

O festival começa com o show da MC de ragga/dancehall brasileira Lei Di Dai, que aquece a massa junto com uma cantora norueguesa que ela conheceu pelo MySpace. Grande presença da parceria paulistana zona leste com escandinávia. O público e a CNJ amaram.

23h30min a Comunidade Nin-Jitsu entra no palco e começa a chalaça européia.
2500 pessoas que lotavam a platéia e que esgotaram os ingressos já no meio da semana passada, cantam e dançam de forma impressionante o show inteiro.

Receptividade incrível. Obviamente fizeram coro em “Ah! Eu to sem Erva!”, que aqui já veio no começo do show pra ganhar a galera de cara, como um time que faz dois gols nos primeiros dez minutos de uma partida for a de casa. Fora de casa? Não! Em casa!
Pois nos sentimos muito à vontade e mandamos ver do começo ao fim com uma reação perfeita do público. De chorar. Que mais que eu vou dizer? Só temos a agradecer a esse povo que nos recebeu tão bem e desejamos que os próximos shows sejam perfeitos, como este foi. Estamos muito felizes.

Natiruts encerra a noite com uma chuva de hits e uma jam session com Mano Changes, Lei Di Dai e eu. Excelente!

por Fredi Chernobyl Endres.

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Diário da Tuor Européia

04-07-2009 16:20

Segue o diário escrito por Fredi Endres em terras portuguesas:


29 de Junho, segunda-feira.

Saímos de POA às 13hs, chegamos no RJ e fomos direto para a fila da Ibéria para fazer o check in. O Galeão, aeroporto carioca super anos 80 falido, estava com os computadores fora do ar. Ficamos ali, naquele cantão comendo sanduíches bancados pelo Calcanhotto, tomando coca-zero e acessando a internet pelo maravilhoso ZTE Connection da Vivo. Ligamos para Rodrigo e Bianca (casal Leela), que iriam voar para Londres (com escala em Paris) no mesmo horário que a gente (!) e eles já estavam chegando. Pra completar a coincidência, o check in da Air France era do lado do nosso. Mais uma vez Carol e Fredi encontram Rodrigo e Bianca em uma situação mega inusitada. Carol mandava mensagens pelo Twitter e Bianca escrevia no Facebook. Enquanto isso eu empurrava o carrinho com o note em cima do case da minha guitarra Gibson SG. A fila começa a andar. Lembrei que tinha que sacar os 250 reais que o DJ Schutz tinha me dado pra eu comprar um fone Wesc pra ele em Lisboa. Saí correndo atrás de um caixa de Itaú, saquei o dinheiro e depois fui trocar por Euros. Fotos no embarque, Rodrigo e Bianca pelo portão 10, Fredi, Carol, Nando e Calcanhotto pelo portão 11.

Descobri porque a Ibéria é barata ao entrar no airbus. Poltronas apertadas sem tela de televisão interativa e…no resto tudo ok. Comida razoável, pão, pão, pão, pão, pão, um vinho tinto excelente e uma lata de Pilsener quente pra me ajudar a dormir.

30 de junho, terça-feira.

Depois de 10 horas de voo, chegamos em Madrid. Na imigração apenas disse que eu não estava indo pra Espanha e que Madrid fazia parte da conexão que me levara a Porto, Portugal. Ok. Carimbão de entrada pra Carol e eu. Acho que casais enfrentam menos problemas do que caras sozinhos entrando nesse tipo de país que não tem relações diplomáticas muito legais com o Brasil. Agora Carol dorme encostada na janela do avião, dopadinha de Rivotril. E eu digito com os ouvidos entupidos, tomando suco de tomate enquanto o avião desce até Porto para, finalmente, chegarmos na cidade das 3 primeiras apresentações (duas da CNJ e uma de Chernobyl).


01 de julho, quarta-feira.

Acordamos perto do meio dia e fomos almoçar no restaurante da Casa da Música, que é o lugar onde acontece o Festival Mestiços. Estávamos completamente desregulados do sono, por causa do famoso jet lag. Pois na terça, quando chegamos, dormimos das 14 às 21hs e obviamente trocamos a noite pelo dia.
Perto da Rotunda da Boa Vista mandei fazer um cabo que conectasse o computador a mesa de som para disparar as batidas eletrônicas no show. Em qualquer país do mundo isso seria algo complicado, mas quando se está em Portugal é diferente, pois todos falam a nossa língua, e, além de terem a energia parecida com a dos brasileiros, são extremamente simpáticos. Acho que Portugal vê o Brasil como uma espécie de filho, ou melhor, filhão.

Depois de algumas horas na recepção do hotel tomando cafés e Carol acessando internet com muita sagacidade, subo para o quarto do Eron, produtor nosso em Portugal, para traçarmos o cronograma de transporte da tour. Às 19:30 hs nos mandamos para o primeiro show da Comunidade Nin-Jitsu na Europa. O cabo que mandei fazer não funcionou, me avisa Rafa, nosso técnico de som. Hahaha! Era bom demais pra ser verdade. Mas o mestre do som da Fnac nos emprestou um cabo que funcionava. O show foi divertido, bem light, como uma espécie de aquecimento para os mais pesados e “responsa” que viriam na sequencia da tour. Tocamos super bem e o público diversificado que ali estava adorou e comprou cds com a gente. Após nosso debut no Velho Mundo, fomos jantar na casa do Fernando, o diretor da Casa da Música, que é um dos grandes responsáveis por estarmos sendo tão bem acolhidos no Porto. Picanha, feijão com arroz, farofa, couve, cerveja, vinho e muito som no toca-discos da sala de sua casa incrível que fica localizada em uma rua extremamente estreita, que lembra as servidões de Floripa. Na volta pro hotel, uma carona em um carro igual ao da Quadrilha de Morte da Corrida Maluca, sendo guiado pelo excelente fotógrafo que é sósia de Jesus Cristo, Norberto, ouvindo Tom Waits a milhão.

 


02 de Julho, quinta-feira.


Descemos do táxi no Mercado do Bolhão e caminhamos muito pela parte mais antiga-medieval-com-cara-de-europa da cidade, próximo ao Rio Douro. Atravessamos a ponte, andamos em ruas, ladeiras similares ao centro de Porto Alegre, porém muito mais antigas.

Visitamos castelos, igrejas e comemos bolinho de bacalhau à beira do Rio Douro, visualizando as fábricas de Vinho do Porto. Uma delicia mesmo foi a porção de berbigões que o dono do restaurantezinho nos deu de cortesia.

De noite, show do mestre brasileiro Naná Vasconcelos na primeira noite do Festival Mestiço.

por Fredi Chernobyl Endres.

 

03 de julho, sexta-feira.


Dia de acordar tarde, para ter energia na noite. Almoçamos (eu, Carol, Nando, Mano e Tabata), no shopping próximo ao Hotel Tuela. No cardápio tinha bacalhau com nata, feijão com arroz e muita bobeira pela tarde.

A noite começou bem: papo com o amigo Kassin, seguido de show da Orquestra Imperial. O show dos caras é muito divertido, despretensioso e tem uma qualidade musical absurda. Fico pensando: “como eles são MÚSICOS, como eles têm REPERTÓRIO”. Amarante do Little Joy (ex-Los Hermanos) rodava pelo palco num clima de chalaça, cantando de vez em quando. E foi nesse clima de farra que a Orquestra Imperial conquistou os portugueses que fizeram até trenzinho pela Casa da Música.

Uma da manhã é hora de ir para o Plano B (club mais legal do Porto). Carol encontra as amigas brasileiras que aqui estão morando, Duda e Thaís, e junto com a Comunidade formamos um bonde para minha apresentação como DJ Chernobyl, pela segunda vez neste ano no Porto. Muito funk, electro, fidget, maximal, Baltimore, mash ups, misturebas loucas e dançantes. A galera dançou muito e a casa lotou. Lá pelas tantas chamei Mano Changes para inserir vocais, rimas e agitar a massa. Acho que toquei umas setenta músicas em uma hora e quarenta, ritmo mega-frenético para os portugueses descerem até o chão. Lá pelas seis da manhã voltamos para o hotel e…dormimos.

por Fredi Chernobyl Endres.

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